sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ferramentas para domar a crise


Nas últimas décadas, as assessorias de imprensa diversificaram o leque de produtos e serviços prestados aos seus assessorados. Ampliaram seu espectro de atuação e conquistaram novos clientes no setor privado. Com a recente crise financeira internacional ― que eclodiu em outubro de 2008 ―, essa tendência se intensificou. As agências de comunicação corporativa se viram obrigadas a encontrar formas de se manter no mercado e se tornar cada vez mais competitivas.

Esse é o caso da Texto Assessoria de Comunicações, de São Paulo, que tem entre seus clientes nomes como grupo Marfrig, Meria e C&C Casa & Construção. Criada em meio à turbulência do Plano Collor, em 1990, a empresa aprendeu a superar momentos de crise. “Estamos nesse negócio há quase 20 anos e já presenciamos outras crises. O momento atual exige mais e melhores serviços de comunicação corporativa para diferenciar as empresas, marcas e produtos”, avalia Altair Albuquerque, diretor executivo da Texto.

Especializada no agronegócio ― um dos setores mais afetados pela crise ―, a empresa não se deixa abater pelo futurismo econômico e planeja grandes metas para 2009. Pretende aumentar o quadro de funcionários e planeja mudar-se para um conjunto comercial maior em uma área nobre de São Paulo. “Até o momento, não enfrentamos quaisquer problemas”, assegura Albuquerque. “Estamos aqui para trabalhar e resistir”, sublinha.

Outro exemplo de superação e resistência está com a FSB Comunicações, em operação há 27 anos em escritórios espalhados por todo o Brasil. Na busca de criatividade para encontrar soluções, a agência ― que assessora organizações como Gol, Oi, Schincariol e Embratur ―, passou a oferecer novos produtos aos clientes. Entre eles, mapeamento de riscos e pesquisas de “clima” com públicos variados, ferramentas para domar a crise e transformá-la em oportunidade. “A comunicação é importante tanto em momentos bons quantos ruins, devido à necessidade de transparência e de informar a situação a todos os stakeholders [investidores, clientes, etc.]”, explica Tom Camargo, sócio-diretor da empresa.

Apesar de atribuir o preparo das agências maiores à experiência e à diversidade de clientes, Camargo é cauteloso: “Não sentimos o baque, mas dobramos a atenção para não sermos pegos de surpresa em uma situação extraordinária”.

Progresso aliado a muita cautela. Esta parece ser a fórmula em comum das empresas de comunicação corporativa de médio e grande porte para enfrentar a crise. “A melhor receita para o momento é o que já fazemos como rotina: intensificar a prestação de serviços e apresentar resultados ainda melhores para os clientes”, acredita Albuquerque.

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